A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é a terapia mais indicada para o Transtorno do Espectro Autista (TEA) devido a uma série de razões baseadas em evidências científicas. A ABA é uma ciência que utiliza métodos com fundamentos científicos para construir repertórios socialmente relevantes e reduzir repertórios problemáticos em indivíduos com autismo.
Uma das principais razões para a recomendação da ABA é o seu suporte empírico e eficácia comprovada. Estudos e pesquisas ao longo de mais de 50 anos têm demonstrado consistentemente os benefícios da ABA no desenvolvimento de crianças com autismo em comparação com outras intervenções sem suporte empírico. Essa abordagem tem sido associada a ganhos significativos nas áreas de comunicação, habilidades sociais, comportamento adaptativo e brincar.
Além disso, a ABA é reconhecida por suas práticas baseadas em evidências (PBEs), que são fundamentadas em rigorosos estudos científicos e são recomendadas por entidades especializadas, como o National Professional Development Center on ASD e o National Autism Center. Essas entidades revisaram a literatura e identificaram várias intervenções da ABA como PBEs estabelecidas.
A ABA também se destaca por sua abordagem sistemática e individualizada. Os programas da ABA são personalizados para atender às necessidades específicas de cada indivíduo com autismo, levando em consideração suas habilidades, interesses e desafios. Essa individualização permite o desenvolvimento de pré-requisitos importantes, como atenção e habilidades básicas de aprendizagem, preparando as crianças para adquirir conhecimentos mais complexos, como leitura e operações aritméticas.
Outro aspecto importante da ABA é sua ênfase na mensuração e monitoramento do progresso. Através da coleta de dados sistemáticos, os profissionais de ABA podem avaliar objetivamente o desempenho do indivíduo, ajustar as estratégias de intervenção e tomar decisões embasadas em evidências. Isso permite um acompanhamento detalhado do desenvolvimento e a identificação de áreas que requerem maior atenção e suporte.
No entanto, não basta somente a escolha da melhor intervenção ou prática, as famílias precisam ainda levar em consideração a expertise do profissional, os valores de cada família e o contexto que está inserido.
Em resumo, a Análise do Comportamento Aplicada é hoje sem dúvida a intervenção mais indicada para o TEA devido ao seu suporte empírico, práticas baseadas em evidências, abordagem individualizada e ênfase na mensuração e monitoramento do progresso. Essa abordagem tem se mostrado efetiva na promoção do desenvolvimento de crianças com autismo e na melhoria de sua qualidade de vida.