1) Inserção de uma rotina visual de comportamentos desejáveis
Garantir que a criança compreenda e tenha um suporte VISUAL das atividades que precisam ser realizadas no dia-a-dia e discrimine quais consequências reforçadoras ela terá quando cumprir cada tarefa. Desta forma, você dará previsibilidade para a criança. O reforçamento deve estar contingente às respostas desejáveis.
Obs: Aqui no site do CIEC temos modelos de rotinas visuais para você se inspirar e utilizar com os pequenos.
2) Modelação
A modelação consiste em dar modelos de respostas de autocontrole para que a criança possa imitar. Você deve dar o modelo e criar uma situação para que ela possa repetir esse comportamento, dando ajuda quando necessário, evitando erros.
Ex: A criança não consegue esperar a sua vez para servir o jantar e entra em uma série de comportamentos-problema impulsivos para ter acesso imediato à comida. Dê o modelo de como ela deve agir esperando a sua vez e peça para ela imitar. Dê ajuda e diminua esse suporte com o passar dos dias até que a criança realize a imitação de forma independente. Você deve consequenciar esse comportamento com aprovações sociais e/ou itens que a criança gosta da forma mais imediata possível. Lembrem-se papais, mamães e terapeutas: Nossos comportamentos refletem muito em como a criança vai se comportar. Estejam atentos a suas próprias respostas de autocontrole no dia a dia com os baixinhos.
3) Ensine brincando!
Existem várias formas de ensinar a criança a ter um controle inibitório e melhorar suas resoluções de problemas. Com jogos e brincadeiras, além de você ensinar a criança a esperar de forma desejável para ter acesso aos estímulos reforçadores com um atraso, você estimula interações sociais e fortalece o vínculo com os pequenos de forma divertida disponibilizando uma atenção de qualidade para eles.
1) Brincadeiras como “estátua” e “morto vivo” auxiliam crianças a desenvolver um autocontrole motor, que é pré-requisito para respostas de autocontrole mais complexas.
2) Combine com o pequeno de levá-lo para comprar um brinquedo em um dia da semana e de poder jogar com ele apenas depois de alguns dias.
3) Realize brincadeiras que exigem uma passagem de tempo para serem completadas. À exemplo de um quebra-cabeças, montando apenas algumas peças por dia.
4) Jogos de tabuleiro em que a criança precisa realizar uma série de ações até chegar ao fim do jogo.
Referência:
Drabman, R. S., Spitalnik, R., & O’Leary, K. D. (1973).
Teaching self-control to disruptive children. Journal of Abnormal Psychology, 82(1), 10–16. doi:10.1037/h0034981
Ms. Isabella Tereza Rodrigues Pires
Psicóloga especialista em Clínica Analítico-Comportamental e Mestre em ABA CRP: 09/013012